A imprudência no trânsito e suas consequências

No cenário brasileiro, o trânsito não é um coadjuvante. Ele é, muitas vezes, caso de saúde público. Ainda mais quando os dados do principal hospital de urgências de Teresina (PI) apontam que metade dos seus leitos é ocupada por acidentados, e os neurologistas relatam atender o triplo de casos de traumatismos cranianos em comparação com o resto do mundo. Por isso, o ‘Profissão Repórter’ desta quarta-feira, dia 7, visita cidades para retratar como a impunidade no trânsito mata mais de 40 mil pessoas por ano.

O caso do Piauí é dos mais preocupantes. A repórter Daniele Zampollo foi ao estado campeão em acidentes de moto e registrou flagrantes negligências entre os motociclistas: abuso de bebidas, excesso de velocidade, falta de capacete. “Desde que saímos do aeroporto e começamos a andar por Teresina, nós vimos mais de 200 infrações em 40 minutos. Não tem cobrança, fiscalização. Inclusive, acontecem alguns leilões em que é possível comprar uma moto por R$ 100”, explica a repórter. Nas imagens, pais carregam filhos sem capacete, pessoas bêbadas pilotam sem qualquer pudor e, depois, nos hospitais, a família sofre com o situação daqueles que se acidentaram.

Em uma estrada no norte do Ceará, famílias homenageiam aqueles que morrem em acidentes no local construindo pequenas capelas no acostamento. Victor Ferreira percorreu esse trajeto e conta a história pela perspectiva de quem ficou com a dor.

Ao mesmo tempo em que a fiscalização escassa pode levar à imprudência de motoristas no trânsito, a justiça também peca quando deixa os processos correrem sem resolução por muito tempo. Em São Paulo, Eliane Scardovelli recuperou os casos de acidentes com vítimas fatais dos últimos cinco anos para saber quais foram as consequências para os motoristas que provocaram mortes no trânsito. Poucos casos foram julgados e ninguém foi preso.

O ‘Profissão Repórter’ também aborda a polêmica em torno da redução da velocidade nas marginais, na capital paulista. Mayara Teixeira ouviu motoristas, pedestres e autoridades sobre o assunto, que divide a opinião dos paulistanos, mas que já tem números representativos sobre a redução da mortalidade nas ruas.

Fonte: Observatório da Televisão

 

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